quarta-feira, 9 de abril de 2008


Época de Ouro celebra Jacob do Bandolim


A Caixa Cultural Salvador apresenta, entre os dias 11 e 13 de abril, às 20h, o espetáculo "Tributo a Jacob do Bandolim", do Conjunto Época de Ouro, em celebração aos noventa anos do nascimento do músico (14.2.1918 – 13.8.1969). "Tributo" faz parte do conjunto de ações aprovadas para patrocínio da CAIXA Cultural pelo Edital 2007 de ocupação dos seus espaços.

Fundador do conjunto, que o acompanhava desde 1961, o próprio Jacob o batizou como "Época de Ouro" em 1964. A formação original reunia os violonistas César Faria, pai de Paulinho da Viola, Carlinhos Leite e Dino Sete Cordas; Jonas Silva (cavaquinho) e Gilberto d'Avilla (pandeiro).

Jacob do Bandolim, figura emblemática na história do choro, deixou composições que se tornaram clássicos do gênero. A técnica sofisticada e a sensibilidade aguçada colocam Jacob na galeria dos que atingiram a excelência. Sua obra o distingue como uma das mais legítimas expressões da identidade musical brasileira.

A morte de Jacob, em 1969, depois de uma visita ao amigo Pixinguinha, abateu os músicos de tal maneira que o conjunto deixou de tocar. O grupo voltaria a reunir-se em 1972, já com Déo Rian no lugar de Jacob.

Em 1973, o Época de Ouro foi convidado por Paulinho da Viola para participar do histórico show "Sarau", dirigido por Sérgio Cabral e apresentado no Teatro da Lagoa, no Rio de Janeiro. O convite devolveu a visibilidade ao conjunto e fez renascer o próprio choro, então abafado pela proliferação de diversos gêneros musicais.

Apesar das mudanças feitas ao longo dos anos, o Época de Ouro soube preservar sua identidade, mantendo-se sempre fiel ao padrão que Jacob imprimiu.

Em sua atual formação, o conjunto conta com Jorginho do Pandeiro, irmão de Dino Sete Cordas e que está no grupo desde 1972. Participam ainda Ronaldo do Bandolim, que ingressou em 1976, o violonista Tony Sete Cordas e Jorge Filho no cavaquinho (desde 1988) André Bellieny no violão (desde 2005) e Antonio Rocha na flauta e no flautim – a mais recente aquisição do conjunto.

Com exceção de "Minha Crença", de Dino Sete Cordas e Del Loro, o restante do repertório é formado por composições de Jacob do Bandolim. Entre estas, "Noites Cariocas", "Santa Morena", "Treme-Treme", "Vibrações", "A ginga do Mané", e "Assanhado".

Jacob do Bandolim – Jacob Pick Bittencourt nasceu no Rio de Janeiro, em 1918, filho único do capixaba Francisco Gomes Bittencourt e da polonesa Raquel Pick. Seu primeiro instrumento foi um violino tocado com um grampo de cabelos porque não se adaptava ao arco. Depois de muitas cordas arrebentadas, uma amiga da família alertou que na verdade o instrumento para Jacob era o bandolim. E ela estava certa.

Autodidata, Jacob tentava repetir trechos de melodias cantaroladas por sua mãe ou pessoas que passavam na rua. Aos 13 anos, da janela de sua casa, escutou o primeiro chorinho de sua vida: É Do Que Há, composto e gravado por Luiz Americano. "Nunca mais esqueci a impressão que me causou", afirmaria Jacob, anos mais tarde.

Jacob do Bandolim é emblemático na história do choro. Suas composições tornaram-se clássicos do gênero. A sofisticada técnica e a aguda sensibilidade colocam-no na galeria dos que atingiram a excelência. Sua obra o distingue como uma das mais legítimas expressões da identidade musical brasileira.

Em 1969, voltando para casa depois de uma visita ao amigo Pixinguinha, sofreu o terceiro infarto enquanto dirigia, e faleceu. Sua morte abateu os músicos do Época de Ouro de tal maneira que o conjunto deixou de tocar. Somente em 1972, o grupo voltou a se reunir, já com Déo Rian no lugar de Jacob.

Um ano depois, o Época de Ouro foi convidado por Paulinho da Viola para participar do histórico show Sarau, dirigido por Sérgio Cabral e apresentado no Teatro da Lagoa, no Rio de Janeiro. Esse convite devolveu a visibilidade ao conjunto e fez renascer o próprio choro, então abafado pela proliferação de diversos gêneros musicais.

Serviço
O quê: espetáculo musical "Tributo a Jacob do Bandolim", do Conjunto Época de Ouro
Onde: CAIXA Cultural Salvador - Rua Carlos Gomes, 57 – Centro, Salvador
Telefones: (71) 3322-0228, 3322-0219
Dias: sexta a domingo, de 11 a 13 de abril de 2008
Horário: 20h
Estacionamento gratuito ao lado da Caixa Cultural, na Rua Carlos Gomes
Quanto: ingressos trocados por um quilo de alimento
Lugares limitados
Classificação etária: 15 anos

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