segunda-feira, 7 de abril de 2008


IPAC comemora Dia do Índio com exposição no Solar Ferrão

Será aberta ao público dia 10 de abril (quarta-feira), às 10h, na Galeria Solar Ferrão * Pelourinho, museu vinculado diretamente a DIMUS_Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da Secretaria da Cultura da Bahia (Secult), a exposição "Máscaras que tocam", com curadoria da musicista Emília Biancardi.

"A mostra apresentada é fruto de investigações, pesquisas e levantamentos efetuados durante anos em diversos países, integrando as tradições culturais e orais de uma das mais importantes etnias, a indígena; reparando uma injustiça musical, pior que a social enfrentada", afirma a etnomusicóloga Emília Biancardi.

Estarão expostas máscaras rítmicas, com chocalhos, sementes, pedrinhas e bambus, e máscaras melódicas, com corneta embutida. Modelos desfilarão as máscaras para os presentes ouvirem a sonoridade antes de serem colocadas em pedestais.

"Existem uma grande variedade de instrumentos e quantidade de naipes instrumentais, não somente o maracá, essa exposição mostra um instrumento musical desconhecido do grande público, que são as máscaras que tocam", esclarece Biancardi

A música e as manifestações folclóricas da Bahia, como ocorre em todo o Brasil, tiveram como ponto de partida o universo das nações indígenas, com suas crenças, mitos e rituais. Basta lembrar que o índio fez parte dos quilombos, e muitas das manifestações musicais atribuídas aos negros fugidos mesclaram-se ás raízes culturais indígenas formando uma cultura singular.

Dia 17 (quinta-feira), às 16h, palestra com índia pataxó, universitária, que irá debater sobre sua experiência ao deixar a aldeia, e discorrer sobre o instrumento mais tocado pelas mulheres da comunidade indígena. Para o evento estão convidadas as escolas da rede pública municipal e estadual.

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